Manifesto Vota Pixota

Caros concidadãos:

Eis o Manifesto da Pixota!

Eis o grande movimento nacional Vota Pixota!

Não vos assustais com estes termos pois eles têm um tempo e um local. Esse tempo é o presente e esse local é Portugal!

Este é o movimento de assunção da nossa liberdade! É um movimento de afirmação de cidadania, de renovação social! É o movimento da expressão da nossa natureza de seres únicos e livres, capazes de dizer o que sentimos e inconformados com a opção de escolher no lixo.

Uma sociedade democrática exige participação popular, envolvimento dos cidadãos no processo político. É isto que pedimos a todos que agora façam.

Porque um Homem não é uma cruz!

O Movimento Vota Pixota pretende rebelar-se contra a tirania da escolha da mediocridade em prol da afirmação da liberdade do indivíduo. Recusamo-nos a ser essa grande massa indiferenciada, condenada a ter de marcar tristemente uma cruz na menos má das opções.

O Movimento Vota Pixota oferece a todos os portugueses a oportunidade de recuperar a sua individualidade. Onde de novo possam ser donos da sua individualidade e expressão, ser indivíduos diferenciados e únicos da teia social.

O Movimento Vota Pixota é a resposta à política que nos oferecem.

E a resposta é: “Não! Não sou uma cruz, não sou mais uma roda numa engrenagem, não sou um ser amorfo e sem vontade!”

A resposta é também: “Sim, sou um indivíduo livre! Sou dono de uma expressão única, de uma fonte de vida, de uma pulsão em movimento incapaz de ser parada!”

Isto, meus amigos, é a Pixota!

Algumas considerações sobre o grandioso Movimento Nacional Vota Pixota, pelo presidente do movimento, o mui excelentíssimo Dr. Adalberto Moreira:

Porquê uma Pixota?

Desde a aurora dos tempos que podemos encontrar a simbologia do falo como elemento marcante da afirmação da individualidade. Isto encontra-se de forma mais notória nos menires, mas é também um aspecto presente, de forma continuada, em diversas gravuras e representações ao longo dos tempos. Muitas vezes as figuras com o pénis erecto mostram o espanto do Homem pela sua própria pulsão sexual, sem dúvida o aspecto mais representativo da sua individualidade e vontade própria.

No mito bíblico do génesis, representando o acordar do Homem para a consciência (representada pela árvore da ciência), apresenta-nos Adão e Eva com vergonha da sua nudez perante Deus. Desta forma vemos como, na nossa cultura, a sexualidade foi mergulhada em tabu.

Escolheu-se o falo, na designação popular de “pixota”, justamente pelo seu carácter de tabu ofensivo e por, melhor que qualquer outro elemento, manifestar essa pulsão profundamente visceral de cada um como indivíduo livre. O falo como elemento da energia sexual, tantas vezes reprimida, e agora como símbolo de um grito de libertação e afirmação perante a mediocridade e falta de escolha.

O falo, como símbolo ofensivo, encontra-se espalhado pelas paredes das nossas cidades, qual gravuras milenares expressando essa pulsão indelével de cada um.

Este tipo de manifestações está, a grosso modo, associado à adolescência, período no qual as pessoas se descobrem como indivíduos, como entidades autónomas com uma personalidade própria. É um período em que ocorre um corte e a libertação da estrutura familiar onde a personalidade está inserida, e, nesse processo, descobre-se e afirma-se uma personalidade própria. O falo, seja por gestos ou representações, é o símbolo, por excelência, desse processo.

Agora, como eleitores, é a altura de mostrar esse desejo de libertação e de transmitir, aos diversos intervenientes no sistema, que sem qualidade para nos representar ou falar por nós, não são solução.

O termo pixota foi escolhido, de entre as numerosas designações existentes na extensa e rica cultura popular, por ser um excelente compromisso entre aceitabilidade e a simples e primária ofensa. Um termo como “caralho”, expressa uma revolta carregada de ódio e ofensa, ao mesmo tempo que “pila” ou “pixa” é demasiado pueril e ingénuo. Falo e pénis, com toda sua carga erudita e científica, falham totalmente na expressão do sentimento que move milhares de cidadãos.

Em vez de preencher mais uma cruz de conformismo, dar-lhes-emos o gesto do nosso livre arbítrio: uma expressiva e cívica pixota no boletim de voto.

É o Movimento Vota Pixota um movimento Machista?

Não, de forma alguma!
Como já referido anteriormente, a carga simbólica do pénis é única e difere de outros símbolos que, sendo ou não tabus, possuem outra carga interpretativa. O pénis, naturalmente, traz consigo um significado sexual, mas é, essencialmente, um elemento ofensivo. Expressões como “vai para o caralho (que te foda)!” ou o simples gesto do punho fechado com dedo anelar esticado representando o falo, expressam claramente, e de forma contundente, essa ideia.

O mesmo não acontence com outros elementos tabus, seja ele a vagina (associada à fertilidade e/ou ao milagre do nascimento), o ânus/nádegas (associados ao desrespeito e desprezo) ou os seios (associados á maternidade e abundância).

Desta forma, o Movimento Vota Pixota não associa esta expressão eleitoral a qualquer valor exclusivamente masculino, mas sim a uma expressão de rebelião, expressão essa à qual convidamos todas as mulheres a associarem-se sem preconceito, colocando a “sua pixota” no boletim de voto, em sinal do seu próprio descontentamento e como afirmação pessoal.

Outras perguntas frequentes:

O Movimento Vota Pixota tem algum alinhamento político?

Não. O Movimento Vota Pixota não tem qualquer alinhamento ou associação a qualquer facção ou organização política. É meramente um movimento de cidadania.

Qual o programa político do Movimento Vota Pixota?

O Movimento Vota Pixota não tem qualquer programa político para além do grito de revolta pela situação política nacional.

Como posso ajudar este Movimento?

Divulgue as ideias e o site pelos amigos.

Nota: ao divulgar esta iniciativa, é importante manter o respeito. Esta iniciativa não pretende ferir susceptibilidades.

De que forma posso participar neste processo?

A forma de participação consiste em, nas próximas eleições, desenhar um ou vários falos no boletim de voto.

Como devo desenhar o falo no boletim de voto?

O movimento Vota Pixota insiste na autenticidade e expressão individual de cada um, deixando ao critério de cada um esse acto de expressão. Podem ser mais simbólicos ou mais realistas. Podem ser coloridos ou a preto e branco, clássicos, progressistas, cubistas, expressionistas, impressionistas, rupestres, etc.

A pixota é uma livre expressão do indivíduo, a sua força vital. Nenhuma será melhor que outra (excepto as 10 melhores escolhidas depois de cada Acto Eleitoral).

No seguinte link encontram-se alguns exemplos de pixotas para lhe servirem de inspiração.

Que conselhos podem dar a quem pretenda votar Pixota?

Para os menos familiarizados em desenhar falos, aconselhamos a treinar e encontrar a sua expressão de pixota. Arranje algumas folhas e desenhe várias, explorando as capacidades expressivas de cada uma. No dia das eleições vá votar e demore o tempo necessário para desenhar a(s) sua(s) pixota(s), faça-o com gosto, acompanhado de um sentimento de liberdade.